Designer gráfica brasileira foi quem criou a logomarca que é reconhecida
Era uma vez uma palavrinha colorida que deu “cara” para uma ferramenta de busca. Muitos contam que, logo no primeiro contato, perceberam que essas seis divertidas letrinhas poderiam ser a solução para muitas dúvidas e problemas. Mesmo não sendo um conto de fadas, acho que podemos começar assim a história deste símbolo tão simples e ao mesmo tempo grandioso. O primeiro logotipo da ferramenta de busca mais querida do mundo foi criado em 1998 por Sergey Brin, um dos fundadores do Google.
O desenho, feito no computador, dava para a primeira letra a cor verde. O que no fim, não durou muito. No mesmo ano ela já se tornou azul. Nessa época, também foi inserido um ponto de exclamação – inspirado no Yahoo!. Em 1999, a designer gráfica brasileira (é isso aí, brasileira!), Ruth Kedar, e amiga dos cofundadores Larry Page e Sergey Brin, desenhou a marca que seria uma das mais lembradas até hoje
Mas, engana-se quem pensa que o processo para a definição da logo foi simples. Até que a designer chegasse ao que, hoje, é famoso e reconhecido por todos, foram necessárias pelo menos sete derivações, todas com as cores primárias instantaneamente reconhecíveis. Na primeira versão, Ruth Kedar queria manter a maior parte do texto intocável, legível e, ao mesmo tempo, adicionar algumas brincadeiras com cores primárias e bidimensionalidade para o sistema operacional.
Na segunda versão a designer gráfica, ao invés de criar algo maior em termos de espaço e padrão, optou por modificar apenas uma letra e tornar o logotipo multidimensional.
No terceiro modelo para a marca, a brasileira pensou nos anéis entrelaçados como uma metáfora para pesquisas de longo alcance que envolvem diferentes culturas e países diferentes.
Na quarta derivação todas as letras são maiúsculas e transmitem uma sensação mais corporativa e sólida. Mesmo mudando os tamanhos das letras e adicionando cores, Kedar mantém o logotipo brincalhão. Apesar disso, o projeto não foi aceito porque era carregado demais. A lupa e a mira até foram bem recebidas pelos fundadodores, mas a combinação de todos juntos não agradou muito.
Esta é uma sequência do projeto anterior. Neste modelo Ruth Kedar excluiu a mira e a ideia de ver através da lupa e acrescentou uma boca sorridente para representar uma pesquisa com resultado positivo. No início e no final as letras são da mesma cor, mas no meio, a mistura de cores remete a ideia das diversas possibilidades que são oferecidas pelo Google nas diferentes vias de uma pesquisa.
Este projeto foi próximo ao conceito original do fundador Sergey Brin, mas neste a fonte usada foi Leawood, com sombreamento. O logotipo flutua na página de pesquisa, que eles sabiam que ia ser limpa e quase toda branca.
Neste modelo a ideia era simplificar e, ao mesmo tempo, manter o senso de diversão sem ter objetos reconhecíveis que limitassem os significados. Ao excluir a lupa, Ruth abre o logotipo para significar que o Google pode se tornar muito mais que apenas um serviço de busca. Ao jogar com os ângulos e cores das letras, ela tenta deixar claro que o Google não é uma empresa quadrada.
E, finalmente, o logotipo foi definido
Definido, em sua maior parte, com cores primárias, mas evitando uma ordem padrão. A responsável para esse desvio na sequência de cores foi a letra “L”. De acordo com a design gráfica, ela aparece com uma cor secundária justamente para demonstrar que o Google não segue regras. Já a escolha da fonte Catull se deu porque possui os elementos da escrita tradicionais, com um toque moderno. Além disso, a busca, por natureza, é uma atividade que exige uma visão para o passado. Nesse sentido, os laços históricos da fonte Catull pareceram apropriados, pois fazem uma ponte entre o velho e o novo, em comparação ao mundo analógico e a era digital.
É claro que, desde então, o logo evoluiu e passou por algumas mudanças. A mais recente foi apresentada em setembro de 2015. A reformulação reflete todas as possibilidades e ferramentas que o Google, ao se reiventar constantemente, oferece aos seus muitos usuários.
fonte https://www.oficinadanet.com.br